segunda-feira, 21 de janeiro de 2008


Ontem assisti Felline, passei a ser um grande entusiasta dos filmes deste italiano, gosto da sutileza das personagens, todas delicadamente bem montadas, inclusive o polêmico rinoceronte de Lá nave vá, eu desde criança estava acostumado a ver as grandes explosões, lasers, comédias românticas que passamos todo o filme rindo, no meio para o final tem um momento de choro depois voltamos a rir de novo ( essa é a base de toda comédia romântica dos USA). Em filme americano os mocinhos são bons os vilãos são maus, pela lógica maniqueísta está certo, mas vai dizer que nunca fizemos nada de errado? como qualquer objeto de arte serve pra catarse, ficamos nos imaginando nos Bonds e nos Agentes Calaghan da vida, pra voltar a realidade e notarmos que continuamos a ser os mesmos "da silva" de sempre. Voltando a Felline, me encontro nos seus filmes quando estou com meus amigos, em casa, na rua, digo isso porque suas personagens são imensamente humanas e perceber cada nuance humana requer imensa sensibildade do artista — consideremos Felline o artista em questão, bons diretores sempre escolhem os melhores atores — O mundo prático dos fast-foods fez a gente esquecer um pouco da gente e das gentes, amizades artificiais na internet(algumas até são de verdade), vendo Felline me fez voltar a querer ver tais nuances e algumas vezes, tocar, ouvir e falar. Sugiro a mim e a todos que vejamos de quando em vez os filmes deste Diretor, ajuda a esquecer que quase somos máquinas. Não entenda isso como crise existencial, mas vamos conciliar um big mac com uma boa ceia na casa da vó.

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